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GRUTA DA LAPINHA e outras belezas em Lagoa Santa


No último dia 23/10 estivemos em Lagoa Santa para um roteiro mais que especial: Visitar a Gruta da Lapinha no Parque Estadual do Sumidouro, onde também acontecia o 1º Encontro de Carros Antigos do Parque Estadual do Sumidouro e uma feira com comes e bebes e a participação mais que especial de integrantes da Rota das Doceiras!


Estivemos ainda no RECEPTUR, onde pudemos ouvir mais sobre a história da região, fizemos uma linda e inesquecível visita na casa das Irmãs Argentinas e finalizamos com um passeio pela Lagoa Santa (Lagoa Central) e um delicioso happy hour no Mercadão Internacional de Lagoa Santa! Se liga nos registros desse dia maravilhoso:


Estiveram presentes nessa trip os aventureiros Antônio, Danielle, Silvana, Shirley, Luiza, Marina, Afonso, Thaís e Nilza!


Antes de fazer a visita na Gruta, visitamos o Museu Peter Lund, que além de conter peças importantíssimas, usa de ótimos recursos para contar a história do lugar. Dessa vez fomos acompanhados do instrutor e guia Jonas, da Urbanes Parques, empresa que administra o PESU (Parque Estadual do Sumidouro).


O Museu Peter Lund é um museu territorial que integra a Rota das Grutas Peter Lund, com o objetivo de divulgar as descobertas e a trajetória do importante naturalista dinamarquês que dá nome ao espaço.

Foi inaugurado no dia 21 de setembro de 2012. Com 1.850 metros quadrados e três andares, o prédio possui:

- Sala expositora com 82 fósseis descobertos por Lund, vindos do Museu Natural de Copenhague, e cerca de 15 fósseis doados pelo Museu de História Natural da PUC Minas;

- Espaço destinado à conscientização da importância histórica e cultural do Carste de Lagoa Santa;

- Sala multiuso para exposição de filmes;

- Dois espaços com explicações sobre os Planos de Manejo do Parque e Espeleológico.


Após a visita ao Museu Peter Lund, foi hora de pegar os EPI's e iniciar o passeio no interior da Terra.


Considerada uma das sete maravilhas da estrada real, a Gruta da Lapinha fica no Parque do Sumidouro em Lagoa Santa e tem como característica principal as marcas de um rio subterrâneo. A gruta foi formada a partir de rochas calcárias formadas pelos restos marinhos do fundo do mar raso da bacia do rio das Velhas, de restos que foram acumulados em camadas superpostas e trabalhados pela erosão provocada pelas correntes marinhas e aéreas. É mesmo de se surpreender em encantadores 40 metros de profundidade e 511 metros de extensão, dos quais 300 são visitáveis.


Em uma viagem ao interior da Terra é possível visitar 12 salões iluminados por led que deixam qualquer um, no mínimo, muito impressionado. Alguns desses salões são interligados por escadas esculpidas nas rochas ou feitas de metal. Estes salões, as galerias e os labirintos são de extraordinária beleza e foram batizados de acordo com as imagens que sugerem, por exemplo: Véu da Noiva, Cascata de Luz, Salão de das Cortinas, Couve-Flor, Presépio e Sino. A Gruta da Lapinha apresenta ainda um salão com gotejamento de água permanente, além de formações rochosas com micro cristais de calcita (carbonato de cálcio puro) – muito frágeis e que brilham com muita intensidade ao refletir a luz. A Gruta é isso: uma maravilha! Confira algumas imagens da nossa visita à Gruta da Lapinha:




O passeio na Gruta da Lapinha foi incrível, e por mais que as fotos mostrem os salões, a sensação de estar lá é indescritível: o som, a temperatura, a história envolvente que te leva não só para o fundo da terra, mas para milhões de anos atrás!


Em seguida ficamos na área aberta do PESU onde acontecia o 1º Encontro de Carros Antigos do PESU e uma feira com cerveja artesanal, comidas, flores, artesanato e, claro, os deliciosos produtos das mulheres que compõem a Rota das Doceiras!


O almoço foi a poucos metros da portaria do PESU, no Restaurante Gruta da Lapinha, comida caseira no fogão de lenha deliciosa, com direito a música ao vivo e um espaço super arejado e aconchegante! De lá fomos até o RECEPTUR da Prefeitura Municipal de Lagoa Santa onde a Marta, moradora e profunda conhecedora da região e toda a sua história nos recebeu para falar um pouco mais sobre como Lagoa Santa, em especial a região da Lapinha, é protagonista em vários momentos históricos (e pré-históricos) com relevância mundial!



E quando a gente pensou que o passeio na Lapinha tinha acabado, ainda tinha muito mais! Não estava no roteiro inicial, mas acabamos dando uma passadinha na casa das Irmãs Argentinas, que são a D. Ilda e a D. Alda, nascidas e crescidas na Lapinha, onde vivem até hoje! Na oportunidade tivemos a felicidade de aproveitar doces de laranja deliciosos! As Irmãs Argentinas fazem parte da Rota das Doceiras, e não há quem na região não as conheça pelo carisma e sabor especial de seus doces, dom herdado de D. Argentina, mãe das "Irmãs Argentinas", que fazia queijo, requeijão e manteiga para os donos da fazenda e tecia maravilhosamente. Era muito popular na região! As pessoas contam que ela era uma mãe zelosa, dedicada e habilidosa que fazia de tudo: biscoito, doces, rendas e colchas. Administrava a casa e era empreendedora com os bordados e quitandas!




Após essa visita deliciosa, nosso destino era a região central de Lagoa Santa, mas não sem antes fazer uma visita à Fazenda Fidalgo, onde passamos pelo famoso caminho das árvores e visitamos a histórica Capela Nossa Senhora de Santana. A ocupação da região da fazenda fidalgo segundo registros se inicia antes de 1728 pelo capitão João Ferreira dos Santos, este teria transferido a posse de suas terras para Manuel Seixeas Pinto. A edificação da Capela de Sant’ana data de 1745, relatada nos documentos de escritura da fazenda fidalgo, tendo sido promovida por seu proprietário Manuel Seixeas Pinto por sua própria vontade. A capela é um dos bens de grande importância histórica e cultural para região, tendo sido tombada por meio do decreto municipal n°846, de 09 de julho de 2008.